Sobre As Redes: A disputa por Criadores de Conteúdo.
Mais do que disputar a atenção dos usuários, as Redes Sociais agora vem apostando e muito em criadores de conteúdo, essa tem sido algo bem notório nas recentes mudanças das grandes plataformas. Tik Tok, Instagram, Kwai, YouTube tem notado que o que mais tem atraído os usuários é bonificá-los e não como estava sendo antes, quando tanto o YouTube, quanto o Meta (que gerencia o Facebook e o Instagram) vinham fazendo. Como a demanda começou a aumentar, as pessoas passaram a ver que postar conteúdo nas redes sociais gerava renda e, em alguns casos, das boas, muita gente, dos variados nichos, passaram a criar conteúdo.
Mas o que fizeram YouTube Meta? O YouTube mudou a política de parcerias, fazendo com que só pudesse monetizar (receber) quem tivesse 1.000 inscritos no canal e infinitas 4.000 horas de vídeos assistidos (isso é muita coisa) e, em um primeiro momento, não se passaria anúncios nos vídeos de quem não era parceiro, mas, por óbvio, eles notaram o prejuízo, afinal, nem sempre se vê conteúdo de perfis grandes e sim de coisas que você está procurando saber, e passaram a colocar anúncios em quem era desmonetizado também, mas sem remunerar essas pessoas. Isso gera um desânimo nos criadores de conteúdo e as opções estavam escassas, uma vez que as plataformas Meta - Facebook e Instagram - passaram a cobrar por impulsionamento, depois de notarem que os influenciadores se beneficiavam disso e pensaram "ei, como assim, eles podem lucrar? Negativo! Vamos cobrar isso aí!" e simplesmente queriam que as pessoas pagassem por publicação postada para entregar até para seguidor (!). Ora, qual o objetivo de eu postar se você não vai entregar? Eis que...
Surge o Tik Tok, com uma ótima plataforma de edição de vídeo, inclusive, e começa a produzir digital influencers em escala, fazendo surgir toda uma nova geração de influenciadores. Foi aí que YouTube e Meta começaram a ver o perigo!
Com a demanda em massa e vendo que os criadores de conteúdo - que são diferentes de usuários - passaram a buscar construir um público para chamar de seu, muitos deles começaram a postar no Tik Tok, acredito que a grande maioria até tenha feito isso despretenciosamente e se surpreendeu com o resultado, e passaram a construir a sua audiência no Tik Tok e até tentam fazer com que eles migrem para o Instagram para, dessa forma, se consolidar como influencers dos seus respectivos nichos. A questão é que a dinâmica do Tik Tok é a relação mais direta com pessoas aleatórias, você dueta e costura vídeos respondendo ou contando seus casos ou até a sua reação, você pode responder os comentários e, mesmo que o Instagram tenha colocado todas essas funções, não adianta muito se os usuários do Instagram não estão acostumados com esse formato. Eu até venho tentado colocar os sticks, incentivar duetos, mas é uma questão de comportamento mesmo, os usuários ainda não se acostumaram a esse formato e existe ainda uma possibilidade de eles ficarem receosos em comentar e correrem o risco de verem suas respostas no topo de uma postagem sendo respondida, afinal, eles não estão acostumados com isso em postagens, e sim a ver isso em caixinhas de perguntas nos Stories.
O YouTube foi ficando para trás, ainda mais depois de o Tik Tok, que antes os vídeos só podiam ter 15 segundos, depois 1 minuto, depois 3 minutos, passarem a liberar até 10 minutos de vídeo, fazendo com que os criadores pudessem explorar melhor o tempo e trazer um conteúdo mais elabora e, melhor, sem muita exigência de edições tal como é no YouTube.
O Kwai sempre teve uma política de investir em influenciadores, inclusive remunerando quem baixa o aplicativo, e vez após vez lança campanas na expectativa de bonificar os criadores, é realmente muito interessante. Uma coisa sobre o Kwai que eu também não tinha reparado, mas um influenciador de lá comentou, é que o público do Kwai é mais interiorano, é um público mais humilde, e o Kwai contrata bastante criadores com esse perfil. Ou seja, eles entenderam o perfil dos usuários deles e passaram a apostar nisso e, até então, tem dado certo.
Vendo como investir em criadores trouxe enorme sucesso para essas plataformas - Tik Tok e Kwai - e vendo também a debandada, o YouTube investiu no Shorts e está remunerando muito bem e o Instagram, ao que tudo indica, também vai lançar campanhas de criadores. Tudo isso para disputar esse espaço que vem crescendo e muito. Lembrando que ser criador de conteúdo é para quem tem disponibilidade para isso e devem ser distinguidos de usuários, que usam as plataformas. mas sem um objetivo de se tornarem, necessariamente, criadores, afinal, ser criador requer disponibilidade.
E você é criador de conteúdo, essa é uma ótima notícia!
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