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A COLMEIA - CAPÍTULO 7
Chegam à sala de reunião. Na enorme mesa, em uma sala privada no enorme prédio que fica bem no centro daquela unidade de Colmeia, já estão acomodadas nas pontas da enorme mesa a anciã e a Rainha... Rainha era o apelido dado à presidente da Colmeia. Ora, se era uma Colmeia, fazia todo sentido que ela fosse a Rainha... apesar de o termo ser usado de maneira levemente pejorativa e que sempre causou profundo incômodo em todas que ocuparam a posição, menos na anciã. A anciã gostava da alcunha, embora jamais fosse admitir.
A pesquisadora e a médica chegaram e enquanto aguardavam as demais, apenas cumprimentaram as duas e se dirigiram às grandes janelas que a sala de reunião tinha. Aberta de ponta a ponta, não era o ponto mais alto do prédio, mas dava para ver toda a estrutura de lá. Como podia aquele prédio ser tão carregado e obscuro no meio daquela estrutura tão bela. A maioria das residentes não tinham ideia que aquilo não era um prédio e, sim, um calabouço. Ao menos para quem àquela altura já sabia demais. Aquela Sala da Verdade... Ali estava todo o mal do mundo.
Tentaram as duas não pensarem nisso. Os momentos que viriam a seguir seriam tomados de profundo estresse. Não tinha porque adiantar a dor. Se focaram em observar a paisagem.
A Colmeia era um estrutura urbana envolta por uma área vegetativa. Além das plantas, haviam também os destroços de uma época remota e terrível, mas que época não é terrível, não é mesmo? Para elas, ao menos naquele instante, não tinha nada de agradável a época que estavam vivendo.
Haviam enormes muros. A estrutura toda tinha a forma de um octógono e foi projetada assim. Ali do alto se via como a organização era impecável. Tudo naquele espaço foi projetado, planejado e a aquele complexo era auto suficiente. Um córrego acompanhava todo o muro e voltava para a natureza onde desaguaria em seu devido destino. Em locais estratégicos, pequenas usinas de energia capaz de captar e fornecer luz para as residências, além de painéis solares e usinas eólicas discretas que também providenciassem reservas mais do que suficiente.
Lá no horizonte, para além dos muros, prédios abandonados que já haviam sido totalmente dominados pela natureza também ajudavam a forjar um visual extraordinário. O Sol estava começando a desenhar seus primeiros sinais de coloração degrade entre o laranja e o rosa... Formidável!
Uma cena incrível! Que prazer, que paz que deleite.
Ao menos um momento de paz, antes da tormenta.
A Colmeia... A Colmeia.
------ Fim do Capítulo 7.
Plágio é crime previsto pela Lei 9.610/98 e medidas cabíveis serão tomadas em caso de apropriação indevida.
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