Voltei com a Rádio da Natacha após longo hiato nas lives. Algumas postagens atrás, vocês devem ter lido que perdi a minha fiel companheira, Sunshine. Minha consternação ainda não passou! Não é o luto o problema... É a indignação com o que aconteceu no mês que precedeu a morte da minha cachorra. A incompetência de alguns profissionais; as instituições financeiras que deram muita dor de cabeça... Foi desgastante demais. Sempre pensei que Sunshine teria uma morte tranquila, mas não foi o caso! Foi turbulento, doloroso para ela e eu, impotente, tentando fazer tudo, pensando em diversas soluções para nada... só para prolongar o sofrimento da minha amada cachorrinha. Eu retratei alguns detalhes - não todos e foram muitos - na live. Ainda vai demorar para passar a raiva que eu estou sentindo. Me faz realmente me questionar sobre o mundo em que vivemos... Muita coisa, enfim... Confiram a live e se inscrevam no canal:
Rio de Janeiro
Natacha Macsan
Natacha Macsan
Ano passado saiu um estudo dizendo que o Tik Tok estava produzindo uma série de consumidores limitados de música (saiba mais aqui). Como assim? Como as autorizações para reprodução de música são de apenas 15 segundos e os usuários replicam em "challenges", os desafios, ou então virais (os vídeos que viralizam), a juventude acabava conhecendo só aquele trecho da música de 15 segundos e nada mais. Só que essa responsabilidade não era do Tik Tok, quem embarreirava a reprodução das músicas eram as próprias gravadoras detentoras dos royalties e direitos autorais. Esse problema foi tão grave, que dançarinos e mais dançarinos tiveram seus vídeos de dança removidos do Youtube porque as gravadoras não estavam concedendo licenças, eu, inclusive, já tinha falado sobre isso aqui no blog lá em 2018, confira aqui, comento que é um enorme equívoco das gravadoras limitar os seus mais importantes e valiosos divulgadores: os usuários! A música que toca no fundo de vídeos sempre é requisitada; a dancinha, bem feita viraliza, mal feita, vira meme e em ambos os casos isso só traz benefícios, visto que divulga a música e o respectivo artista. Quem dera eu minha música cair nas graças de criadores de conteúdo. Ô!
E agora que as gravadoras se deram conta disso, foram obrigadas, veja bem, O-BRI-GA-DAS, a das concessões ao Tik Tok (confira essa matéria da UOL) na expectativa de quê? De a música bombar e virar o novo hit do momento. Qualquer música que toca no Tik Tok, vira fenômeno também fora das redes. Logo, eles se viram obrigados a conceder as licenças. Essa é parte do capitalismo que eu chamo de capitalismo burro! O Camarada acha por bem pagar milhares, milhões em divulgação do que permitir que os usuários façam isso de GRAÇA! Não será possível uma lógica dessa.
E na verdade esse fenômeno provocado pelo Tik Tok muito me agrada. Acho o cúmulo na era da internet você vetar acessos às coisas, sejam elas quais forem. Esse lugar aqui é para ser o da democratização e não do capitalismo feroz... e burro! Já disse que o capitalismo pode ser bem burro às vezes? Já, né?
Por que eu digo isso? Em primeiro lugar que quem pode pagar pelo consumo, sempre paga. Gente com dinheiro adora ostentar que tem dinheiro e o que é pago sempre tem suas vantagens, como devolução e reclamações de consumidores; e quem não tem, não vai adquirir de qualquer forma, a pessoa só está sendo privada da informação que circula, porééém, se essa pessoa tem acesso, ela divulga, e nisso que ela divulga, acaba divulgando para quem? Os que podem pagar. Então, está mais para uma moeda de troca mesmo. A propósito, o anime e várias séries se popularizaram através da pirataria, só para constar, ou seja, é realmente maléfico para o sistema? Na minha concepção, não. Eles tinham que dar graças a Deus.
Voltando ao Tik Tok: o fenômeno de alçar músicas e artistas é tão poderoso, que eles podem desengavetar essas músicas antigas, que não bombaram na época que lançaram e podem trazer à luz artistas desconhecidos, como cita a matéria da UOL que eu linkei acima. Então, o mercado fonográfico tinha era que estar implorando para que as redes sociais permitissem o uso de músicas; e não ficar obliterando áudio - como aconteceu no último vídeo que eu postei no Facebook há apenas uns dias atrás - e vetando o acesso àquela música. É burrice demais, gente. Sei nem mensurar. O que eu espero é que essa galera da indústria fonográfica caia na real e finalmente veja que quando usuários das redes usam suas músicas, eles só tem a ganhar e liberem também a música completa. deixa o som rolar, pow. Se eles querem se proteger do uso indevido para promover ódio, por exemplo, basta que as plataformas adicionem o termo de responsabilidade na adesão ao app e só tirar o camarada do ar se isso acontecer pelo não cumprimento das regras. Simples assim. Não sei porque o povo dificulta tanto.
E você, já tem um perfil no Tik Tok? Eu super indico, a plataforma é bem dinâmica, lá estão conteúdos super interessantes e eles realmente encaminham esses conteúdos pelo seu gosto.
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