Natacha Macsan
Como boa parte dos músicos atua em barzinhos e casas noturnas, é importante você, ao chegar, identificar o nicho que se encontra ali: se no ambiente tiver gente +30, o seu repertório deve ser um; se tiver o pessoal mais jovem, seu repertório deve ser outro; e se você estiver tocando e a galera não estiver entrando no embalo, tenta alternar, porque é aquilo: às vezes o seu público é mais velho, mas com alma de jovem, e às vezes seu público é mais jovem com alma de velho - sabe que isso rola e muito!
Tendo essa informação em mente, como você vai separar?
Para o público mais velho: MPB, Rock Nacional, clássicos das músicas nacionais.
Para o público mais jovem: as tendências do momento, funk (sim, dá para tocar no violão normal, dá para fazer um instrumental legal, dá para fazer), sertanejo universitário e as músicas em alta do Tik Tok que ainda vai fazer a galera sair do lugar e fazer as dancinhas... que músico não quer a galera cantando e dançando junto com ele, não é mesmo?
É muito importante que os músicos estejam por dentro das tendências e mantenham seus repertórios atualizados e dinâmicos para, rapidamente, alterar a forma como está conduzindo o seu show. Porque, sim, é seu show, é o seu momento, é o seu espaço, é você que vai ditar o ritmo... literalmente!
Outro aspecto a ser levado em consideração é a divisão dos sets. A rigor, você divide a sua apresentação em três momentos. Esses momentos são: o início - pausa para descanso, bebe uma água, vai ao toalet -, o meio - pausa de novo, e a parte final.
- No início, você começa com as músicas mais lentas, as pessoas estão chegando, ainda vão colocar o papo em dia, então você faz a parte mais de música ambiente.
- No meio, você começa a esquentar, coloca música mais agitadas e dançantes que convida o público a cantar e a dançar com você, ou seja, a reagir ao que você está tocando.
- A parte final. Na parte final, você vai selecionar músicas que dão continuidade as que você estava tocando no meio e há duas opções a depender do lugar: ou você vai progressivamente diminuindo o agito das músicas, ou você leva agitado até o final e faz aquela saída espetacular, fala que a galera é show, é demais e que espera vê-las nas próximas vezes. Você precisa saber ler a reação do seu público para definir qual vai ser o final que você vai fazer. Não cometa o
crimeerro de estar a galera super agitada e, do nada, começar a tocar as músicas mais lentas, dando aquelabrochadaquebra muito alta de expectativa no seu público, eles vão te olhar chateados e isso pode ser o divisor de águas entre você ser memorável para eles em um bom sentido, ou ser memorável em um bom sentido, afinal, você não quer ser o cara do balde de água fria, não é mesmo?
Então, pegue seu repertório, divida ele em três partes, tenha sempre uma lista em mãos de cada tipo de música você irá tocar a depender da reação do seu público para você não ter que tomar essa decisão na hora e correr o risco de ter um branco - aquele branco que sempre dá nas piores horas - e faça aquela performance dos sonhos. Cada nota, um show.
Leve isso em consideração na hora de montar o seu repertório e me conta nos comentários como você organiza o seu repertório.
E não se preocupe, a partir de março, ficará disponível lá no Instagram @nanakt_ as músicas em alta no cenário nacional toda semana. Então, segue lá para não perder as dicas.
Nos vemos na próxima postagem.
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